de música e de poesia 62
O incenso no buraco da fechadura
vedou-te o direito ao comprimento,
vedou-te o acesso à palidez mór-
bida de neve, novo, vê-lo tez.
Traga-se incenso,
hálitos na envergadura da ferradura
para calçar-te quanto fores meu corpo, meu veículo,
amar-te físico e Comer-te os testículos.
Imagem enévoa:
seus dentes fazendo-se maleáveis.
Contei teus cabelos de afáveis fios.
E lambi teus miolos,
sondei teus intestinos
Cruzei-nos ponteiros paralelos, crendo destino. (Assim me
perdi de teu semblante.
Você já não era o que fora antes e
o que conheci, hibernando no vinte e cinco,
tornou-se um estranho ao molho de absinto,
apertou o cinto
e decolou.)