FRENTE A FRENTE
São iminentes os perigos que a vida tem...
De repente as configurações são trocadas,
Retas e curvas apresentam as emboscadas
E os pacientes tropeçam nas encruzilhadas
Que ferem os dias já enfermos pela ojeriza
E pela covardia dos sentimentos daninhos...
Na poluição das estradas o fulgor é obtuso,
A alegria é melancólica e a felicidade rara,
A paixão assume ares da princesa bastarda
E leva o amor a confundir-se com alegorias.
O sorriso é utópico e o beijo parece insosso,
O abraço tem o veneno da traição e avareza,
Assim as verdades são dissipadas face a face
E na chuva que mansamente molha o tapete
Há a raiz cúbica das incertezas que choram!
DE Ivan de Oliveira Melo