A voz de uma plebeia
Meu nobre cavalheiro,
Que conhece tão pouco essa pequena plebeia.
Essa cheia de segredos, com várias marcas deixadas pela vida.
Que ainda assim, preserva a essência que nunca desejou perder.
Me expresso por palavras,
Porque são elas que me invadem e me fazem acreditar,
Acreditar no mundo,
Acreditar nas pessoas,
E o mais importante,
Acreditar em uma felicidade que exala até pelos poros.
Cavalheiro, não confunda a modesta plebeia com uma sonhadora sensível,
Sonhadora sim,
Mas conhece o que é real,
Saber lidar com a realidade por mais dura que esta seja.
Sensível?
No momento exato de ser,
Porque é gostoso se sentir frágil,
Porém, em maior parte é uma mulher que não desiste fácil,
Por muitas vezes se mostra indecisa,
Mas é uma mulher decidida e que conhece sua força.
Não a julgue por se conhecer tão bem, não é uma falsa modéstia.
Esta plebeia se arrisca,
Se deixa levar pelos mais nobres sonhos amorosos,
Mas não se deixa enganar.
Perdoa erros, afinal quem não erra?
Mas não confunde erros com escolhas.
Mas em sua essência é apenas uma menina simples,
Que sempre soluciona problemas,
Ver a vida sem tantas complicações,
Essa que também acha essencial o respeito pela individualidade,
Sem classificações,
Não deixa de amar por defeitos,
Que talvez, nem sejam defeitos.