Eu sei que era você
Ontem à noite, madrugada de confusos sonhos,
Senti, em minha cama, a inconfundível presença,
Reconheci o cheiro, o sabor, todos os olores,
Abraçado ao travesseiro, senti-me sugada a essência,
Vi-a se enrodilhar nos lençóis e ora quedo tristonho...
Ontem à noite, senti um corpo aquecendo o meu,
Senti a umidade da língua em busca da minha,
Lábios sussurrarem indecências, falando de amores
Que um dia existiram, sepultados hoje, quando definha
A imagem, ao nem mais saber o que é meu ou seu...
Ontem à noite, ouvi atento os apelos da voz rouca,
Murmurar de novo aos ouvidos os anseios do cio,
Como antes, quando éramos amantes e, em clamores,
Senti ecoando toda a inutilidade desse imenso vazio,
Por não estar acolhido em seios, sentindo-a louca...
Ontem à noite, senti o roçar de seios em meu peito,
O encaixe sempre perfeito do côncavo e do convexo,
No sorver mútuo despudorado de nossos tantos olores,
Despendidos a nos descobrirmos no desvario do sexo,
Chegando mesmo a senti-la extasiada em meu leito.
Ontem à noite, noite interminável, de difícil alvorecer,
Senti o calor de coxas me reterem como um laço,
Me conduzirem para o mais íntimo dos tantos amores,
Me tragarem no pulsar cíclico fremente de um regaço,
Para após acordar só... Mas, sei... Eu sei que era você...
Ontem à noite, madrugada de confusos sonhos,
Senti, em minha cama, a inconfundível presença,
Reconheci o cheiro, o sabor, todos os olores,
Abraçado ao travesseiro, senti-me sugada a essência,
Vi-a se enrodilhar nos lençóis e ora quedo tristonho...
Ontem à noite, senti um corpo aquecendo o meu,
Senti a umidade da língua em busca da minha,
Lábios sussurrarem indecências, falando de amores
Que um dia existiram, sepultados hoje, quando definha
A imagem, ao nem mais saber o que é meu ou seu...
Ontem à noite, ouvi atento os apelos da voz rouca,
Murmurar de novo aos ouvidos os anseios do cio,
Como antes, quando éramos amantes e, em clamores,
Senti ecoando toda a inutilidade desse imenso vazio,
Por não estar acolhido em seios, sentindo-a louca...
Ontem à noite, senti o roçar de seios em meu peito,
O encaixe sempre perfeito do côncavo e do convexo,
No sorver mútuo despudorado de nossos tantos olores,
Despendidos a nos descobrirmos no desvario do sexo,
Chegando mesmo a senti-la extasiada em meu leito.
Ontem à noite, noite interminável, de difícil alvorecer,
Senti o calor de coxas me reterem como um laço,
Me conduzirem para o mais íntimo dos tantos amores,
Me tragarem no pulsar cíclico fremente de um regaço,
Para após acordar só... Mas, sei... Eu sei que era você...