Para acalmar

O verde do campo,

Tem ar puro,

O ar puro

Que aqui respira-se,

Fazem os pulmões cantarem.

O vento sopra meu rosto,

O frescor me convida,

Com um beijo

Para uma dança ..

Vou valsando a esmo.

Transbordo o rio,

Fervo a água

que não é tão fria.

Faço um frevo por acaso.

Vou pintando

Todas a rosas

Com autenticidade.

E, com sagacidade,

Sigo o olhar ímpar.

No momento de epifania

Ouço o silencioso

escândalo que te traz.

...

O dia Alaranjô,

E o degradê do sol,

Colore as faces.

(Mas porque são tiranas?)

No reflexo do céu

Encontro-me.

Mas não quero me encontrar,

Quero perder-me

Perder-me no suspiro

Que decorre esses versos,

Soltos versos.

Quero esconder no orvalho

Que inunda essa

Pequena imensidão.

Fazer o céu sorrir.

A noite chega.

Distorcendo a distração, vou

Revezando a direção

Do brilho prateado

da lua sobre mim.

Vou me perdendo em

Minhas próprias fronteiras.

Vou me pintando de ti.

Com o tempo a me domar,

Deixo o vento me levar,

Num barco de papel.

Flor no luar
Enviado por Flor no luar em 08/04/2016
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