Ninho de amor

Revoadas

largas, rápidas, descompassadas

deixavam marcas nos galhos escaldantes.

Não havia sombra.

Movimentos

curtos, lentos, ritmados...

respingavam cânticos nos solos relvados.

Não havia penumbra.

Buscava gravetos, o primeiro.

Sentia felicidade, o segundo.

Muito mais adiante

O amanhã os aguardava

Quietinho, quentinho, querido ninho de amor.

(2007)

Alexandre Sansone
Enviado por Alexandre Sansone em 08/04/2016
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