amanhã irei à tua boca
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não que mágoas leve-me pela mão, ou que roxo martírio espante a alegria do meu mundo!
amanhã irei à tua boca colher risos claros! tens-me, depois da noite
e da tormenta, como se à tua presença quisesses um sol minúsculo.
não te tens por eleita, nem sequer paisagem além da paisagem.
sequer pedúnculo que sustenta a orquídea do meu sonho. mas
mas és como a árvore que dá sombra e frutos ao poeta
que perambula de estio em estio..
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