de perto tudo é feio?

De perto tudo é feio?

Não consigo ver

O que não olhei de perto,

Não amassei com as mãos,

não percorri com os pés...

Cada tento passou longe

De meu intento, assim posso arguir

Do tempo o queme foi esse relento...

Não consigo ver o que não olho

Nesse horizonte de olhares...

Todas as vezes em que o porto parte,

despede-se de meus atos,

Molha lacrimados olhos perdidos

nessa área difusa entre

A saudade dos passados

E o sonho dos amanhãs...

Hoje, talvez esteja cego,

não consigo ver o que não toco

nem consigo mensurar

o que não entendo...

O tempo tem esse tom de desbarato,

embora seja a única realidade

ante tantos sonhos,

Não posso almejar o que

Nunca será, por já ter sido.

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 07/04/2016
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