RASGOS DO PASSADO

Nada falei no momento

em que chegaste!

O que poderia ter dito

quando me deixaste?

Depois de tanto tempo, o passado

Persiste em caminhar ao meu lado

Como se fosse independente.

Porém, em um gesto decidido,

Posso apagar estes vestígios

Ainda que sejam insistentes.

Para que guardar retalhos

De uma página em frangalhos

Envelhecida pelo tempo?

Na palma de minha mão

Restam os parcos pedaços

Que o vento leva para o espaço

E espalha, negligente, ao relento!

Naget Cury, Outubro de 2014.

Reeditado em Abril de 2016.

Najet Cury
Enviado por Najet Cury em 07/04/2016
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