DESDÉM
Cultiva o silêncio
De mês em suspense –
Mandrágora que em si fermenta
Os ódios da terra
Em negro abril.Aduba a espera,
Amarga do vento as fortuitas promessas
De estâncias que o tempo renega.
Confirma a distância
De vozes e dramas
Que ao curso das horas redunda na insânia
De dor prematura – quem manda
Dar pérola a porcos?Desdenha das tramas
Que imploram por tanques e tantos palanques
Ou vis cadafalsos, se brandos.
Corteja o carrasco dos sonhos
Com graça, resigna-se aos seus próprios escombros.
Lá fora a sandice faz rombos,
Faz órfãos nos tombos
Entre tantos tontos...
Verdade que pese em seus ombros
Não deixa por trilha a pardais vis, a pombos.
.
Cultiva o silêncio
De mês em suspense –
Mandrágora que em si fermenta
Os ódios da terra
Em negro abril.Aduba a espera,
Amarga do vento as fortuitas promessas
De estâncias que o tempo renega.
Confirma a distância
De vozes e dramas
Que ao curso das horas redunda na insânia
De dor prematura – quem manda
Dar pérola a porcos?Desdenha das tramas
Que imploram por tanques e tantos palanques
Ou vis cadafalsos, se brandos.
Corteja o carrasco dos sonhos
Com graça, resigna-se aos seus próprios escombros.
Lá fora a sandice faz rombos,
Faz órfãos nos tombos
Entre tantos tontos...
Verdade que pese em seus ombros
Não deixa por trilha a pardais vis, a pombos.
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