UMA CERTA PRAÇA...

Fincou vigília na praça,

guardiã de beleza escassa,

catedral florida, foro, cartório,

canteiro, banco simplório...

Viu que ali só existe graça,

quando ela passa...

Desfilou acre desventura,

em estrada de batido chão,

cabisbaixo e sem ternura,

cruzou igrejinha e igrejão,

onde o que sangra é o peito

dormente e sem jeito...

Fim do dia voltou à praça

altaneira no topo da colina,

que o entardecer embaça.

Pediu um café para esperar

a transfiguração da retina

ao vê-la outra vez passar...

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 06/04/2016
Código do texto: T5596986
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