SÓ O OURO

SÓ O OURO

BETO MACHADO

Os trenzinhos do Metrô

Serpenteando por entre arbustos

Do rústico aspecto do cerrado,

Cruzando sempre a mesma curva

Do verdume da colônia agrícola

Encantam meus olhos.

E o meu coração mais que enternecem

E a visão aérea linda, linda

Pressupõe soberania

Até aos que vieram das gramíneas sociais.

Aí, o sol se impõe,

Rasgando as nuvens, resoluto,

Como faz o trenzinho prateado,

Singrando, altivo, na bela paisagem,

Toda manhã que meus sonhos saltam

Na estação do NOVO DIA.

Meu corpo na sacada, nas alturas,

Atrai pra si a brisa matutina,

Que o deixa pleno, quanto às energias,

Tão necessários pra tocar a vida.

Assim me recebeu BRASÍLIA.

Sem as amarras

Que o poder nos põe.

Sem correrias

Tão comuns na minha aldeia.

Mas com o mesmo valor

Vindo do POVO.

Roberto Candido Machado
Enviado por Roberto Candido Machado em 06/04/2016
Reeditado em 06/04/2016
Código do texto: T5596738
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