ÚLTIMA HORA
AS HORAS FERIAM CORTAVAM COMO NAVALHA
CADA MINUTO ERA DESESPERADOR
NAQUELE AMBIENTE HOSTIL
AS HORAS FERIAM E NÃO PASSAVAM
PESADAS LÁGRIMAS ROLAVAM PELA FACE
ANGÚSTIA CRUEL
TRISTE SABER O QUE QUERIA ESCONDER
ELE ALI A ENCARAR
SENTIA O FRIO BATER
O DESESPERO FUSTIGAR
O MEDO QUERENDO ENLOUQUECER
CHORAVA O INOCENTE NA MÃO DO VERDUGO
AQUELES OLHOS SEM VIDA
AQUELA BOCA PERVERSA
A AGONIA LENTAMENTE BATIA
MAIS UMA QUE SE PERDIA
UM NÚMERO A MAIS
UM ROSTO SEM NOME
UM CORPO DE PASSAGEM SEM VIDA
REPASTO PARA O SÁDICO PRAZER
DE UMA MENTE DOENTIA
CARRASCO CRUEL
QUE MORBIDEZ ERA AQUELA?
CAÇAR VIDAS PARA DAR À MORTE...
AS HORAS TODAS FERIAM
ATÉ QUE VINHA A ÚLTIMA E MATAVA
E ELE SE DELICIAVA
SEU PERVERSO PRAZER ELE SACIAVA
E DEPOIS, TUDO DE NOVO ELE RECOMEÇAVA
ERA O SEU LOUCO DELEITE
FAZER TODAS AS HORAS FERIREM
E A ÚLTIMA MATAR