ÚLTIMA HORA

AS HORAS FERIAM CORTAVAM COMO NAVALHA

CADA MINUTO ERA DESESPERADOR

NAQUELE AMBIENTE HOSTIL

AS HORAS FERIAM E NÃO PASSAVAM

PESADAS LÁGRIMAS ROLAVAM PELA FACE

ANGÚSTIA CRUEL

TRISTE SABER O QUE QUERIA ESCONDER

ELE ALI A ENCARAR

SENTIA O FRIO BATER

O DESESPERO FUSTIGAR

O MEDO QUERENDO ENLOUQUECER

CHORAVA O INOCENTE NA MÃO DO VERDUGO

AQUELES OLHOS SEM VIDA

AQUELA BOCA PERVERSA

A AGONIA LENTAMENTE BATIA

MAIS UMA QUE SE PERDIA

UM NÚMERO A MAIS

UM ROSTO SEM NOME

UM CORPO DE PASSAGEM SEM VIDA

REPASTO PARA O SÁDICO PRAZER

DE UMA MENTE DOENTIA

CARRASCO CRUEL

QUE MORBIDEZ ERA AQUELA?

CAÇAR VIDAS PARA DAR À MORTE...

AS HORAS TODAS FERIAM

ATÉ QUE VINHA A ÚLTIMA E MATAVA

E ELE SE DELICIAVA

SEU PERVERSO PRAZER ELE SACIAVA

E DEPOIS, TUDO DE NOVO ELE RECOMEÇAVA

ERA O SEU LOUCO DELEITE

FAZER TODAS AS HORAS FERIREM

E A ÚLTIMA MATAR

Carla Neumann
Enviado por Carla Neumann em 06/04/2016
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