Messalina

Rasga-me

homem,

carne

e sexo.

Passeia

as trilhas

descampadas

do desejo ardente

e sujo.

Espreita

com teus

lábios

sábios,

o templo

às minhas coxas.

Devora-me

no canto

no teto

entre as frestas,

sob os muros

e eras.

Gorjeias teu som

de fera

e se apressa

a arrancar

trêmulo

o fôlego,

sopro

e chama.

Incendeia-te

Bruto singelo

pequena morte

consome de nós

os restos tortos

e doces

de outro tempo

mais ameno.

Mastiga-me

Posto, o seio

que o alimenta.

Messalina tua

a prover-te

o leite

gozo

e permanência.

Visto que só

se adivinha tua

a cavalgada.

Os incêndios

todos

Intrépidos

de lava

Por ora,

Benfazejo homem

do teu corpo

escrava.

Vini Miranda
Enviado por Vini Miranda em 05/04/2016
Código do texto: T5596208
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