MEU CHÃO

Removo a terra,

Com calejadas mãos,

Derramo meu precioso suor,

E nada brota do chão.

Remexo a terra,

Teimo em minha teimosia,

Sou filho dela,

E não arredo o pé desse chão.

Tentei de novo,

Mais nada dela fluía,

Apenas meu cansaço,

Fustigando minha dor tão doída.

Não desistir, insistir,

Plantei sementes de humildades,

E por encanto nasceram homens ávidos,

Crédulos, despidos de vaidades.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 05/04/2016
Código do texto: T5596206
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