MEU CHÃO
Removo a terra,
Com calejadas mãos,
Derramo meu precioso suor,
E nada brota do chão.
Remexo a terra,
Teimo em minha teimosia,
Sou filho dela,
E não arredo o pé desse chão.
Tentei de novo,
Mais nada dela fluía,
Apenas meu cansaço,
Fustigando minha dor tão doída.
Não desistir, insistir,
Plantei sementes de humildades,
E por encanto nasceram homens ávidos,
Crédulos, despidos de vaidades.