da árvore incendiada

Da árvore incendiada

Não é muito a noite escura

Mas sofre-me nessa soltura

Revendo a descompostura

A tempo rever-se criatura.

Entre várias cores apagadas

Que na manhã vinda alastra

A ver mais distante a lonjura

A desprender-se da lápide.

Quem pode viajar a galáxia

Se aqui mesmo se desertifica

Na colheita do não plantado?

Somando acima de cada ego

A esperada forma de postura

Se o solo inda não criatura...

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 05/04/2016
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