Elevação

Chega um tempo, que as prioridades são outras

O beijo na boca, a paixão desmedida, é bom, mas a vida metamorfoseia

Os sacolejos, quedas, subidas, descidas, trazem ouras

Aí o silêncio, a cama redolente, a pegada na areia

São os reais sentidos

E este tempo, traz horas, eternidade

Amenizando os minutos feridos

De desigualdade

Então, só se quer pensamentos perdidos

Um abraço, o ombro simplesmente para chorar

Dando a alma sentimentos sem conflitos

Quietude

Sem dizer nenhum termo

Só querendo solicitude

Tal qual necessita um enfermo

Ter uma presença amiga

Com sorriso, neste momento ermo

O tempo de alguém nos presentear com uma cantiga

Musicando o inesperado

E neste apoio a vida prossiga

Com esperança, e não o sentimento de estar abandonado

Um gesto apenas

Um olhar, que diga, você é amado

Acariciando suas melenas

Ao seu lado

Chega um tempo, que o que vale são as afeições do céu e pouco as terrenas...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

05/04/2016, 05'30" – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/04/2016
Reeditado em 02/11/2019
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