Libélulas
Abri a janela às duas da tarde.
O vento soprava minha pele
Nunca tocada.
Abri a janela às duas da tarde.
As águas plácidas brilhavam
Quando o sol era ele mesmo.
Abri a janela às duas da tarde.
As libélulas dançavam.
Dançavam sem música
Regidas por suas próprias delicadezas.
Delicadas e vorazes.
Elas brilham para mim
Brilham sob a água e o sol.
Às duas da tarde vi que o sol
Sempre arde
Já a água sempre acalma,
Mas a libélula
Nunca deixa saber se vai parar...
Como vai descansar.
Ela a qualquer momento
Pode parar no ar
Apaixonada por si.
Ou talvez eu esteja me vendo ali.