as coisas

As coisas

Não esperam serem feitas,

Engendram planos agros...

Arranjos de secas variadas

No tosco resto das árvores.

As coisas se adiantam à mão

Desse homem que as lavra,

Se esculturam inda troncos,

Alisam às águas de janeiros,

Procuram-se incendiadas

Serem flores secas, árduas

Ao desassossego das artes

Se fazem arte e se entregam

À mão que bem se as nivela

Ao encontro de sonho árvore.

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 03/04/2016
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