OS CÉUS DA PÁTRIA
Dragões vorazes sobrevoam o poder
Alienando os fratricidas abastados
Ególatras pobrefóbicos e desamados
insaciáveis avaros ávidos de querer
Eu vejo flechas cruzando o ar
Zarabatanas envenenadas
Setas de fogo alucinadas
Nos céus da pátria a revoar
Eu vejo sendo forjada a história
No fogo ilícito e aburguesado
Onde arde os sonhos desencantados
Dos homens tristes de vida inglória
Eu vejo sonhos feridos e mutilados
Nas mãos de déspotas enfurecidos
Que contemplam o abismo embevecidos
Como quem olha o paraíso esperado.