MENTIRAS EM CORDEL

Vou te contar uma estória,

Que às vezes penso nem crer,

Ela nem devia existir,

Para a gente nem saber,

Que mentir é coisa fácil,

É só a verdade inverter.

De longas datas convivo

Com este falso logotipo

Estampado no meu rosto,

Querendo ou não fazer gosto,

Mesmo vivendo em desgosto,

Com o coração rompido.

Quem fala a verdade é patético,

Neste sistema global,

Apelidos não te faltam,

Chamam até de animal,

Pois a verdade não existe,

Neste mundo canibal.

Mas não vou me espalhar nestes versos,

Pois na mentira eu confesso,

Que tem uma coisa boa,

Corre ela o mundo todo,

Destruindo dos pés ao pescoço,

Todos a quem ela habita.

Rouba,mata destrói tudo,

Mas tem hora que não suporta,

Continuar na vitória,

Ai estressa e surta,

Nos trazendo a alegria,

Por ela ter pernas curtas.

Por isso querido leitor,

Desta mentira já me vou,

Pra destruir estes versos,

Noutras prosas estaremos,

Nossa estória escrevendo,

Para um mundo controverso.

A sensibilidade escrevendo,

Falando noutro sentido,

Escolhe o caminho seu “ menino”,

Vai cantando o cancioneiro,

Sem exibir seu segredo.

Não descanse na mentira,

Fruto da socialização,

Que teima sem compaixão,

Acender o lampião,

Escarnecer da verdade,

Fazendo tu dizer NÃO.

Arthur Marques de Lima Silva

Direitos Reservados.

01/04/2016

ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 02/04/2016
Reeditado em 15/05/2016
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