SAMAEL 9

SAMAEL 9

Sua pose em pecado posso ver

sua vento me traz gotas

do fim das secas de pele

deixando escurecer

sua voz agônica sinfonia

dos santos na miséria por querer

condenar a liberdade

fazer dela todo bem

pelo mal que tem

dentro do bem nascer

sua moribundo é veloz tua arte

de menosprezar o corpo

sacrifício é o primeiro indício

que lá fora há respostas

perdeu tua essência

desejou ser eminência no submundo

desejou absorver tuas verdades

de sótão

que verdades percorre

quando soube que são

prazeres voláteis subindo

dizendo adeus

não há nada mais sobre a cabeça

pensamentos desertos

incertos querem correr

contra o tempo

tempo refúgio de mártir

vejo teu sonho se derreter

pelo carrasco no palco

de capuz selvagem

tatuagens riscadas de “cela”

a imagem bela da morte

acena no crepúsculo sem lua

“sem estrelas”

outra verdade conduz

diante da porta velha

desenhos de relevo

revelam o enredo

que ele persegue desde cedo

uma alma agoniza

com uma das mãos

levantadas ao céu

porque eu porque eu

porque eu escolhi tomar

conta das coisas doentes

perdidas do livre fatal

o agonal que julga pela escolha

depois da primeira noite

de espasmos perdendo

certezas no frio

do que é falso

porque o frio ignora

as centelhas por ele acesas

outrora

Encarnus tem aroma doce

como o anis queimando

a voz do pesadelo

quando ronda o espírito

imortal no velório

sinais sinais sinais

vejo sinais...

...adormece.