ORDEM E PROGRESSO...

Queria ser do verde a cor...

Da última esperança na bandeira

Primeira das lembranças, companheira

Pra natureza eu recompor...

Queria ser do amarelo...

Solstício de verão ao meio dia

Solstício de inverno a noite fria

À harmonia um forte elo...

Queria ser do azul, azul...

Um pedacinho do céu de brigadeiro

De qualquer céu, de janeiro a janeiro...

De leste a oeste, norte a sul...

Queria ser do neutro branco...

Ao menos uma trégua rente a paz

O negro que o grafite ao verso faz

A voz para um Brasil mais franco...

Do verde, amarelo, azul e branco

A folha, o sol, o ar, o brilho...

Da poesia ouvi dizer: arranco

o joio e planto trigo a terra, ó filho...

E aos poetas deixo um estribilho...

E a sementeira de amor, nos flancos...

Autor: André Luiz Pinheiro

25/03/2016