SAMAEL 8

SAMAEL 8

Tuas sentenças de cór amanhecem

contigo

tuas heranças de dor

foram descritas no infinito

por que pergunta sobre

a cólera do teu deus

sobre este imenso julgo

que trazes por dúvida que chega

do perto que foi

de tudo que é

abro o tolerante corredor

onde as auroras voam

querendo pousar

são como brumas perdidas

voam como pássaros sem repouso

no ar

onde o que é novo

está destruído

respirando o poluído

vinculo poderoso hino

contando trechos da verdade

maculam teu espírito

o mosaico das formas

tem muitas idades

cai silencioso devagar

o terreno é fértil pra encontrar

vestígios do que pensa

do que sonha

de tudo que tem esperança

pilares refletidos no espelho

d’água

sede que ataca o corpo inteiro

precisa do invólucro que luta

contra toda queda

da alma

agarra o mármore

tenta tomar por língua

o que está acima

e não pode ver

para onde vaga a fonte

minha agonia está mais forte

ó sublime estou ferido

perdido incompleto

fui ofendido pela criatura

de toda sombra por encanto

ó sublime finda dias sem noites

passos em círculos

loucos vivendo

“comendo carnes cruas

sangrentas sem desejo”

o templo vazio sem objetos

o que os olhos querem ver

não imitam!