como um insecto
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sinto um rumor de águas quentes. são rios que correm em mim com pressa de desaguar.
se adias o beijo, essa flor de mel em botão, é pecado!
mordo a nudez do gesto quando levas o dedo à boca.
no teu olhar vejo acres de papoilas. e leitos de restolho. e colchões de musgo à beira lago.
e caio, caio nas teias do teu ventre
e lá esperneio, e puxo, e repuxo, e volteio..
como um insecto!
um louva-a-deus excomungado!
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