a água sobe e transborda na consciencia

O rio encheu

Inundou as planícies, casas e fábricas

Mulheres

Homens

E crianças

Despertaram de seus sono

E agora? Que os olhos

recebem a terra em perigo

A falta de riso

A raiva entalada

O império da gravata

Sequer sabemos nadar

Sequer remamos na mesma direção;

Não compreendemos o tamanho

Do reino, tanta invasão

A destruição do invisível

A bomba que não se fala

Da morada impossível...

Sem rei, sem ídolo, sem herói...

E a água sobe

E a água sobre

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 30/03/2016
Código do texto: T5589596
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