DE BRAÇOS ABERTOS

De braços abertos

Recebo para o abraço

Retribuo o afago

Do amigo, no compasso

Da vida que segue impassível

Ora em passos pequeninos

Ora em ritmos supersônicos

De braços abertos

Vejo a utopia virar realidade

E em uma viagem

Transcendental

Desvendo o mundo planetário

Encanto-me com a beleza da biosfera

Faço da vida uma quimera

Em uma excursão imaginária

De braços abertos

Dou as mãos ao índio

Em suas diversas etnias

E também ao povo negro

Que passou tanta agonia

Nas mãos do branco feroz

Abraço qualquer pessoa

Respeito as diferenças “numa boa”

Porque não sou nem serei algoz

De braços abertos

Permaneço

Sem jamais sentir cansaço

Ou perder a paciência

Interagindo com a ciência

Conhecendo diferentes saberes e culturas

Lendo, escrevendo, sentindo

Emoções heterogêneas

Poetizando a vida

As pessoas, os animais

Os fenômenos sociais

Construindo, desconstruindo

Dando forma a um novo ser

Reconstruindo o mundo

Deixando-o melhor para a você!

Selma Amaral
Enviado por Selma Amaral em 02/10/2005
Código do texto: T55886