SAMAEL 6
SAMAEL 6
As cobras raízes profundas
desafiam teu medo
profanas cordas de amarra
santos togas imundas
de sangue
jogadas nos galhos velhos
teu sonho te impede
de ser segredo
devoto da matriz ocidente
cai debruçado
nos castiçais de preces pagãs
vem querer desfrutar
das irmãs do inferno
fumando corpos
na volúpia em chamas
ensandecido pelo nu das formas
ele dormia na pedra fria
ao relento
nas pedras da agonia
de querer subir
escadas descidas
deixadas pra traz
o que o traz aqui perfuma
de longe vocifera
túmulos abertos
o que quer dos ossos
resolvidos
estão entre o limbo
e o vento limpo
no céu da “raposa”
que voa no limiar
observa quem anda
sem ver
estás no muro ouvindo
qual destino não tem
misérias
escolheu teu luto
voltando
circulo fechado
o diamante bruto
é o único que tem pureza
foi buscar certezas
elas estão desesperadas
pelo primeiro
pelo último
pelo século inteiro
que vazio profundo
tem as risadas de longe!