A Dama do Corredor
Pelos corredores frios
Desse lar empoeirado...
Ainda ouve- se meus passos,
no assoalho mau encerado.
Olhando todos os quadros,
pendurados nas paredes paralelas...
Mesmo tocando cada gravura,
Nunca mais vou vive- las!
O ponteiro do relógio,
sempre passa pela mesma hora...
Mas as pessoas que passam aqui,
ficam um tempo e vão embora!
Crianças passam a correr,
os amantes afoitos sem ar...
O casal de velhinhos,
sempre tem histórias pra lembrar!
Todos passam por aqui,
sem parar pra notar...
Os retratos de minha vida,
Pra onde não vou mais voltar!
Eles riem, passam com pressa...
Brigam, dispersam ,se exaltam,...
Ocupados com suas vontades,
As horas um dia acabam!
Cada quadro emoldurado,
Cada móvel no lugar...
Escondem as lembranças,
De um lindo e belo lar!
Eternamente presa,
neste estreito corredor...
Velando as doces lembranças,
de meu eterno amor!
Fonte de Memórias,
Sábado, 07 de Julho de 2007, 16: 20