A CASINHA QUE EU NASCI

A casinha em que eu nasci

De madeira serrada no estaleiro

Com uma serra de mão

Empunhada por dois companheiro

Um ficava em cima da tora

O outro ficava embaixo

Trabalhavam o dia inteiro

Diziam ser muito macho

A tora de madeira

Que do mato se trazia

Carregada na alça-prima

Puxada por bois com alegria

Essa mesma casinha era coberta

De tabuinha de madeira de lei

Até hoje sinto saudades

Da casinha que há muito tempo deixei

O vigamento era de pau roliço

O piso de chão batido os esteios de mourão

Hoje quando lembro da casinha

Confesso me aperta o coração

A casinha que eu nasci

Ficava num recanto abençoado

Lá deixei minha infância

Saindo bem contrariado

Hoje vivendo aqui distante

Daquele lugar nunca esqueci

Era meu reino encantado

A casinha em que eu nasci.

Registro 704.574

Oswaldo Amaral
Enviado por Oswaldo Amaral em 28/03/2016
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