BOLA DE PAPEL

Fizeste do meu coração

Uma bola de papel inorgânica

Usando-o para rascunho

Dos seus frígidos sentimentos

E borrando as palavras mágicas

Surradas, escritas e não ditas

Das paredes e colunas de sustentação.

Este pobre coração amassado,

Disforme e ferido esvaí-se

De toda a sua compostura

De até então, uma vez maltratado

Um coração de papel é difícil

De apagar as rugas e cicatrizes

Deixadas por um pseudo-amor.