Deixe o silêncio cair;
que caia!

são serenos molhando brasas,
abanando telhados,
pesando asas dos pássaros sem abrigos.
 
Cai uma pena em uma greta
 de folha.
Flutua o poeta entre a contingência do ser
 e a necessidade da queda do poema
no silêncio do papel.
“tudo tão bizarro”, pensa o poeta,
e abriga-se  na alvura folha
respingando bizarrices em palavras.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 27/03/2016
Código do texto: T5586302
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