Deixe o silêncio cair;
que caia!
são serenos molhando brasas,
abanando telhados,
pesando asas dos pássaros sem abrigos.
Cai uma pena em uma greta
de folha.
Flutua o poeta entre a contingência do ser
e a necessidade da queda do poema
no silêncio do papel.
“tudo tão bizarro”, pensa o poeta,
e abriga-se na alvura folha
respingando bizarrices em palavras.
que caia!
são serenos molhando brasas,
abanando telhados,
pesando asas dos pássaros sem abrigos.
Cai uma pena em uma greta
de folha.
Flutua o poeta entre a contingência do ser
e a necessidade da queda do poema
no silêncio do papel.
“tudo tão bizarro”, pensa o poeta,
e abriga-se na alvura folha
respingando bizarrices em palavras.