Ela
Teu sorriso pode destruir um universo.
Dos versos improvisados.
Das palavras sem nexo.
Quem quiser que entenda.
Ou que fique com o resto.
Sente o frio e sua cama vazia.
Penetrar-lhe a pele fria.
Senta-se na cama sozinha,
A espera da loucura.
Sádica, costuma a rasgar-te o peito.
Sempre no mesmo horário.
Quase como se soubesse.
Não há reza que preste, nem vocabulário.
Medrosa, mas segue a luta rotineira.
De sentir ser a torneira
Das merdas que o mundo esquece.
Curta e grossa ao fino olhar, nada desaparece.
Vê além.
Vai a mil.
Segue sentindo o frio.
De ser tão insegura.
O medo, a angústia.
Se torna o comum.
Queria ser estrela, ou uma lua de Saturno.
Para fugir desse tal mundo,
E o mal que ele te faz.
Deita-te, desconcentra e relaxe.
Sente no peito o coração palpitar-te.
Agora descansa em paz.