Limpa-me a alma
Limpa-me a alma
e a meus pés
jogue brancas pétalas
de pensamentos profanados
por enganadas ilusões
de silenciados nãos
Postergadas folhas
de adulterados
nós de sinuosas pernas
entre nuvens, sob o
olhar de atento luar
Mostra-me o caminho
da purificação dos sonhos
emaranhados por cipós
de tentações carnais
Quero unir o que dentro
de mim restou quebrado
dissipado em um vendaval
de torpor e ausência de lucidez
Limpa-me a carne
inundada pelo prazer vazio
tão oco quanto restou meu ser
ao perceber que sem ti
não me resta nada