Limpa-me a alma

Limpa-me a alma

e a meus pés

jogue brancas pétalas

de pensamentos profanados

por enganadas ilusões

de silenciados nãos

Postergadas folhas

de adulterados

nós de sinuosas pernas

entre nuvens, sob o

olhar de atento luar

Mostra-me o caminho

da purificação dos sonhos

emaranhados por cipós

de tentações carnais

Quero unir o que dentro

de mim restou quebrado

dissipado em um vendaval

de torpor e ausência de lucidez

Limpa-me a carne

inundada pelo prazer vazio

tão oco quanto restou meu ser

ao perceber que sem ti

não me resta nada

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 09/07/2007
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