RESSONÂNCIA
Eu escrevo aqui tudo aquilo que o coração me dita.
Medita a mente, fielmente, o que meus olhos veem.
Vem a mim poema fugaz, sofrido, que inspira ação.
Inspiração fina, quase divina, de surreal contato.
Com tato busco rimas sutis dentro do compasso.
Com passo firme ando feliz, ela surge na janela.
Já nela a ventania forte sopra, nobre namorada.
Na morada sombria flamejam raios com tornado.
Contornado o místico enigma, novo plano é feito.
Efeito do pôr do sol que repentina noite vem ser.
Vencer a fatídica sina, de um segredo guardado.
Guarda do sentimento, que não abandona o posto.
Oposto ao bom exemplo que espalha boa semente,
Se mente, o homem, para aclarar opinião mal dita,
Maldita paixão - transforma inocente em culpado.
Culpa do coração que pulsa paciente por toda via.
Todavia hesito, não me atrevo por medo de amar.
Há mar além do horizonte que aflora em frente.
“Enfrente o amor” - é o verso que ora eu escrevo.
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