Quis beijar aquela boca,
Mas naquela boca não havia beijo.
Quis possuir aquele corpo,
Mas aquele corpo era de posse alheia.
Contemplei aqueles olhos,
Mas seu olhar seguia em outra direção.
Ouvi o palpitar,
Mas não vinha daquele coração.
Pus-me a sonhar,
Mas os sonhos eram só meus.
Aproximei as minhas mãos das suas,
Era somente uma ilusão,
Minhas mãos tateavam a escuridão.
Disse amar, mas amor não havia,
Disse sempre, mas o sempre morreria,
Na tristeza de ser o que nunca seria.
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 24/03/2016
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