A BORBOLETA AZUL
Antonieta Lopes
Um azul nem terrestre, nem celeste,
Azul, azul da cor do infinito,
A borboleta azul com fome investe
E suga uma goiaba, que bonito!
Voa daqui, dali, - sul, norte, leste.
No verde espaço calmo e restrito,
Livre e linda, sem que ninguém conteste
É um maravilhoso, ágil mito.
Parece inútil ser, porém não é,
Sua beleza atrai o olhar, fascina,
A alma entretém, desperta a fé.
Beleza a espalhar tendo por sina,
Da feiura o ambiente salva até,
A acordar a esperança se destina.