Amor meu...

Ah! Tu me buscavas e a ti eu procurava

Na ânsia de poder estar contigo

Mas a noite escura aos poucos me assustava

Na solidão fui então buscar abrigo

Teu choro chega a mim como tristeza

Transmitindo teu estado de aflição

Meu coração reconhece a estranheza

De tua silenciosa solidão

Cativa-me a sensibilidade

Expressa nos teus versos solitários

Reconheço neles a docilidade

Soando como contas de um rosário

Ah! Destino caprichoso

Conspira nosso encontro casual

Interessante, inesquecível e ditoso

Encontro que jamais houve outro igual

Transforma-te em foco precioso

De meu eterno zelo a te cercar

Meu coração que é sempre amoroso

Busca silencioso te encontrar

Agrada-me tua sinceridade

Teu modo despojado de só ser

E fico embriagada de saudade

Enquanto tento em vão sobreviver

Assim, te aguardo ansiosa

Guardando tua imagem na memória

E arrisco seja em verso ou em prosa

Escrever, qualquer dia, nossa história.

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 02/10/2005
Código do texto: T55837