nervos de aço

Nervos de aço

Os nervos podem ser de aço,

Mas fundem-se ao fogo...

A fala pode ser de gelo,

Mas ferve ao calor do assunto...

Tudo quanto inda flamamos ser

É passível de perecer

Ao som do rádio dizendo

A posse aos imerecidos.

Tudo que poderia ter sido

Volta-se contra este sonho antigo

De liberdade!

A liberdade de viver o descanso

Do guerreiro. Não mais com o tempo

Comprimido entre risos

E tristezas...

Levamos os dias... Sempre, ou quase,

Em compromissos presos.

Aqui todos somos corresponsáveis

Pela ação ou inação dos descendentes,

Que se comprazem, parece,

Como nosso desassossego.

sergiodonadio.blogspot.com

editoras: Scortecci, Saraiva. Incógnita (Portugal) Amazon Kindle(EEUU) Perse e Clube de Autores

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 23/03/2016
Código do texto: T5582895
Classificação de conteúdo: seguro