Mortos Vivos
Parada bem lá no meio
da imensa multidão...
Olho pra todos os lados,
Uma em um milhão!
Agitação! Correria!
Corre- corre sem parar...
Vivendo na terra fria,
onde esqueceram- se de acordar!
Acordar deste sono,
que os leva a nenhum lugar...
Onde pensam que vivem,
mas jaz mortos, basta enterrar!
Preocupados com banalidades
aos quais dão intenso valor...
Fingindo que suas vidas são repletas,
fingem não sentir a dor!
Dor dilacerante!
Que cega- lhes a alma!
Que estremece a espinha
fazendo fugir a calma!
Sem paz, sem sossego
De faz de conta brincar!
Fingir que se é feliz!
Fingir não se importar!
Faz de conta que não vejo,
nem sinto a realidade!
Faz de conta estou bem,
faz de conta... que bem, de verdade!
E assim reprimindo
enclausurando na prisão...
Vais lotando todos os espaços,
de seu finado coração!
E vais sufocando as virtudes,
sufocando a ventura...
Transformando a carne que bate,
em uma pedra dura!
Sem espaço para emanar...
Sem jeito de fluir...
Deixas de acreditar...
Deixas de sorrir!
E todo esse mal infecundo...
As lacunas preenchendo...
Torna- te moribundo...
Sepulcro caiado fedendo!
Guardiã da Ventura,
Segunda- feira, 23 de abril de 2007, 23:42