A loucura poética
Chora no meu sangue, poeta, chora pr'eu amar,
Desejo um lânguido beijo sorvendo-te
Porque a vida inteira a te desejar
Eu passei e ainda és poeta, vejo-te...
Mas, com poeta e poetas um atrás do outro,
Não há misericórdia que se sinta pela morte,
Assim a poesia está atrás do primo ouro,
Aquele que se fez e não magoou-te...
Um dia verás um sorriso na minha face
E dirás que é um sorriso amado,
Mas apenas poemas fazes...
Um poema teu, virou poesia, quase,
Mas eu já tinha poetizado,
Assim eram meras vozes...