AFRONTAS

AFRONTAS

Sob este “resíduo” de amigo

este famoso aborto

de homem perdido

sem pátria

rompendo placenta

matando

vindo romper-me

por dentro

quer-me mãe

das suas agonias

crescidas pra serem um

mal invasor sem medo

da dor que eu sinto

que permito que seja

dolorida

pra gozar de lábios

chorando

escorrendo teu sal

em meus dentes

tua pele pintando

minas unhas

as minhas curvas vermelhas

nenhuma vergonha

das tuas mãos

arrancando minhas roupas

sem modo

parecendo comê-las

me torno fraca

desmaio falando

não saio te amando

fujo aos pés

pra voltar devagar

rosnando olhando

teu rosto

propondo qu’eu fique

te machuque

te jure prazer eterno

termine casando com teu

odor bandido

me rouba das cenas

por ter ofendido

teu gozo mágico

ia sendo crescendo

maravilhoso

pela forma dos olhos aos céus

vendo todo mistério

que deslumbra

que afunda o espírito

num mar cego

traga-me de braços

presos quase sufocados

como tua presa pronta ao bote

que bote mergulhado

nas águas profundas

da alma

derramadas nesta cama

que despedaço

por estar agora vazia

percorro todo escárnio

que sinto

da voz contundente

de quem sente

que pode sempre mais

que tua paz perdura

no que perfura

meu ego agônico

sinfônico hino que entrego

logo que chegas

de novo aceito

estes rejeitos como alimento...

affronts

Under this "waste" of friend

this famous abortion

Lost man

stateless

breaking placenta

killing

come break me

inside

want me mother

its agonies

grown to be one

evil intruder without fear

the pain I feel

Allow it to be

aching

to enjoy lips

crying

running down your salt

in my teeth

Your skin painting

mines nails

my red bows

no shame

of your hands

tearing my clothes

no way

like eating them

I become weak

fainting talking

I do not leave loving you

Flee to toe

to come back slowly

snarling looking

your face

proposing qu'eu stay

you hurt

I swear eternal pleasure

finish marrying your

odor bandit

robs me of scenes

for having offended

your magical joy

I would be growing

wonderful

the shape of the eyes to the heavens

seeing all mystery

that dazzles

sinking spirit

a blind March

bring me arms

arrested almost suffocated

as your prey ready to boat

which dipped boat

the deep waters

from the soul

poured on this bed

to fall apart

by being now empty

I walk all scorn

I feel

the forceful voice

who feel

which can ever more

that your peace endures

in that pierces

My agonized ego

symphonic hymn that give

as soon as you arrive

again accept

these wastes as food ...

MUSICA DE LEITURA: JOSS STONE - I PUT SPELL ON YOU