Mãozinhas

Eram pequeninas,

Cheias de vontades.

Buscavam nas minhas, com frequência, segurança.

Eram belas e brincalhonas,

Viviam sujas e machucadas...

Queriam-me acima de tudo...

Cresceram e já não precisavam

Da constante companhia das minhas.

Tornaram-se grandes,

Quiseram a companhia de outras mais delicadas e belas.

As minhas, hoje, gastas pelo tempo

Afagam as recordações...

Pequenas mãos dos meus eternos meninos.