linda adormecida
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ao tossir a pouca luz que me revela
e da noite absorver o breu mais agreste
debruço-me sobre o teu rosto fatiado em sonos,
que é espelho da alma que mal sei por onde voga,
esse rosto de traços bons untado a óleos lunares.
por muito que os hálitos se misturem não despertas.
és hóspede de algum céu que mimas por bondade. talvez me baste a tua presença! e o perfume que não dorme! então, não acordes ainda!
eu espero que o sangue me suba à boca
e que um beijo, um mínimo beijo,
flameje o botão dos teus lábios.
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