HOSPITAL
Enquanto não perder a esperança
A criança terá meu amparo
E na poesia estará meu relicário
Vi a doença que atrapalha regredir
E a dor de quem sofre se omitir
Se o Campo Santo é descanso
Visite o hospital e veja o que é lamento
Caminhando no hospital, vi o branco sujo,
Não pelos doutores, mas o verme desnudo.
Vi a luz, como cinza na parede,
E a dor absurda deitada na rede
O frio magnético não é da janela
É de um pequeno espaço
Que arrepia e vence pelo cansaço
O procedimento que é realizado
No ambiente estéril e perfumado de éter
É a dor, alimentada pelo cateter.
Ao Rei da Bondade pedi com devoção
Quero ver tudo curado para não sentir
Novamente essa comoção.
JCFreitas (21-11-15)