INSÓNIA
Vi o pano preto cobrindo o caminho
Encolhi-me no meu ninho
E chorei no seio da multidão
No corredor entre o silêncio e a solidão
Eu era voz que bailava nas teias da dor
Excitando canções que faziam dançar bocas
E preenchiam anedotas de insegurança
Á cada vez que o relógio puhetava-se
O tempo grafitava nas paredes da minha mente
A amargura e corrosividade do saber da desgraça
E em mim gemiam lágrimas da incerteza
Viajei a esperança que conquistei no silenciar de lágrimas alheias
E conheci o pano negro que molda me o reflexo
Enxugar-me-ei com o verbo chorar
Chorarei angustiadamente no íntimo do meu consciente
Ate o despertar do sentido vazio das lágrimas que dele frutarão
E viverei-nas atê o esgotar da atenção a elas atribuída
E incinerarei junto a ultima gota os motivos da sua existência!