Colher de Sopa
 
Eu reviro os meus poemas
com uma colher de sopa,
Lambuzo tanto a alma
que é difícil lavar minha roupa,
Onde a vida é mais perversa
para mim é coisa pouca.
 
Escultura quase pronta,
uma estrofe sã e outra louca,
Abuso das palavras que me abusam,
eu beijo na boca,
No final há uma voz suave e morta,
outra viva e rouca.
 
 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 20/03/2016
Reeditado em 06/04/2016
Código do texto: T5579175
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