Será que ainda temos tempo, amor?
O que temos em nosso peito, além de um coração?
Não sei direito o que é certo,
Mas sei o que não é errado,
Ao lado dos fatos em sonhos
Está a realidade dos fatos.
Quando amo, não sou aquele retrato
Que vive sério, pendurado na parede.
Não guardo saudade, apenas a sinto.
Não sinto tristeza, apenas choro.
E ainda tenho minhas mãos
Para escrever o que penso.
De um modo simplesmente simples.
Digo o que desejo, mesmo sem ter,
Mesmo sem sentir, mesmo sem saber,
O desejo é uma forma de ser.
Como o tato, que transforma o amor
Em contato.
Sei das suas horas porque nelas eu sigo
O que seria meu destino,
O que agora é apenas tempo perdido.
Ainda assim, eu sigo.
E se não lhe dei um beijo,
Foi porque seus lábios
Estavam apagados no papel.
Os rumos de nossos passos,
Perdidos em tantos destinos,
Outros caminhos, outros seres,
Quantos “percorreres” sem sentido,
Quando o verdadeiro sentido
Era seguirmos de almas unidas
Na imensa estrada da vida.
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 19/03/2016
Código do texto: T5578880
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