Excessos
Habitam em mim os excessos
Reticências intermitentes
Que sussurram o não dito
Interpretadas isoladamente
Soam com intensidade singular
Mas que em sua totalidade
Comportam o meu pesar
Minha alma é devorada
Por tormentos incessantes
Noites frias, solidão adentro
Resumem parte dos tais momentos
Que insistem em me torturar
Vez ou outra me distraío
Sinto a brisa
O silêncio é ensurdecedor
Suspiro!
Contraída, me envolvo em meus braços
Me desfaço
Recomponho
E só então sei quem sou
Desvairada em um mundo de loucos
Aqui me encontro
Cá estou!