As dores do tempo
Ando na paz do outono
E sinto o repouso que fragmenta
Na folhagem que leva o vento
E cobre o sonho que passa
Partido no escuro da viela que vai
Por um pensar solitário nos ares
E cala a voz da alma que existe
Na forma de um pecado ilusório
O silêncio amanhece o dia
Numa alegria selvagem e nobre
Que usa pouco o jeito de ser
Na emoção que versa o poeta
Em pura evolução contemplo
Como trocar as dores do tempo
Que favorece a paisagem da janela
Vinda de um futuro sem intenção
Quero sentir a luz que abre a sombra
Para fazer o dia entrar na noite
Mostrando como é factível
Viver na forma de outro tempo
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